quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

DVD - Uechi Ryu - Pangai Noon Karate

Uechi Ryu - Pangai Noon Karate




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Links achados na Internet!!! Nossa intenção não é pirataria!!! Quem gostar compre o original!!! OSS

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

MOKUSO





- 黙 MOKU - "Silêncio, ficar em silêncio, parar de falar". 
- 想 SŌ - "Pensar, pensamento, conceito, meditar". 

MOKUSO

Mokuso é um termo típico de Budôs, que significa harmonizar, silenciar, tranquilizar a mente, os pensamentos. Às vezes éconfundido com um período de meditação, isso porque durante o Mokuso as pessoas ficam em silêncio, as respirações se acalmam e todos estão em postura meditativa, entretanto o Mokuso deve ser visto mais como um comando de transição do que uma chamada de meditação propriamente. Apesar de não ser visto como uma meditação em si, o Mokuso carrega uma carga Zen muito forte, assim muitos falam do Mokuso como a própria prática Zen-budista do “ser e não ser”, do “estar sem estar”. Talvez por isso, a grande parte dos artistas marciais o trate como uma prática meditativa e, alguns, até de forma religiosa.
Contudo, não há nada místico ou uma busca pela “iluminação” no Mokuso, há um comando para que momentaneamente limpemos nossas mentes dos nossos assuntos diários, para que nos concentremos na prática marcial e para que guardemos o que foi aprendido de satisfatório no treino e possamos voltar aos nossos demais afazeres. Por isso o Mokuso é uma transição entre atividades, sejam elas quais forem, nos preparando para mais um momento a ser vivenciado.
No Mokuso está incluso o preceito oriental de que “cada momento é único”, este mesmo preceito é encontrado em artes como o Kyudo (Caminho do Arco: “uma flecha, uma vida”), Ikebana e o Chado (Caminho do Chá: “ichi-go, ichi-e”; “cada encontro, uma chance”). Ou seja, o Mokuso lembra ao praticante que aquele momento será único: com uma lição, com certos colegas. Mesmo que no dia seguinte o aluno retorne ao treino, no mesmo horário, com o mesmo professor, será outro momento, com outra lição, o próprio aluno estará diferente, seus colegas (por mais que sejam os mesmos) também serão diferentes e, graças a isso, deve-se aproveitar ao máximo e se concentrar na sua prática, pois passado aquele momento, ele jamais se repetirá.
Algumas pessoas dizem que no Mokuso deve-se “acalmar o espírito”, limpar a mente de todos os pensamentos mundanos. Isso dá uma visão equivocada ao praticante que passa a acreditar que todos seus afazeres cotidianos devem ser separados do Dojo e da prática marcial. Pelo contrário, é apenas um momento de concentração para uma atividade, para poder vivenciá-la da melhor forma possível e, depois, levar consigo como as demais ações do dia a dia.
Dizer “esvaziar” ou “silenciar” a mente parece fácil, mas a verdade é que quanto mais se tenta deixar a mente vazia, mais os pensamentos, preocupações, dúvidas se remontam. Deixe os pensamentos fluírem livremente e eles cessarão quando menos perceber, pode-se nunca atingir a “não-mente”, mas efetivamente concentrar-se para uma atividade é essencial e justamente para as práticas marciais – em que se aprende vivenciando – é fundamental.
O Mokuso é algo que deve ser levado para fora do Dojo, em vários aspectos da vida e nas atividades de rotina, sempre aproveitando ao máximo o momento, as pessoas e sendo capaz de viver com consciência. O momento nunca deve ser desperdiçado. 

artedaguerra.webnode.com.br

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

7 MOTIVOS PARA TREINAR KARATE




1 - MELHORA A RESPIRAÇÃO

Os exercícios de Karate-dō exigem uma boa postura, o que fortalece os membros superiores e o tronco, favorecendo a posição do tórax. Com a melhora da postura, o diafragma (principal músculo da respiração) pode trabalhar de forma mais eficiente, obtendo mais ar no pulmão a cada ciclo respiratório. Você respira melhor e isso deixa seu corpo mais eficiente durante o exercício, pois oxigênio é fundamental.

Endireitando as costas nessa base, karateka!

2 - ACELERA O METABOLISMO

O exercício físico ajuda no ganho de massa muscular, também conhecida como massa magra. E, quanto maior a quantidade dessa massa, maior é o gasto de calorias ao longo do tempo. Resumindo, quanto mais forte você ficar, maior será a quantidade de calorias que seu corpo gasta no dia a dia. Ao queimar essas calorias, diminuímos as reservas de gordura corporal, emagrecendo e, principalmente, obtendo ganhos em saúde. 

Chega de corpo mole e treine com força!

3 - ATIVA A CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA

Após o coração bombear o sangue para irrigar nossos membros inferiores, são os músculos que fazem o líquido retornar para ser renovado, através de diversos movimentos no nosso dia (caminhar, por exemplo). A panturrilha é considerada nosso segundo coração, sendo responsável por grande parte do retorno venoso. Por isso, quanto mais fortes estiverem os músculos das pernas, mais otimizado será o retorno venoso, aumentando a eficiência do bombeamento que os músculos naturalmente exercem nas veias. As bases treinadas no Karate-dō forçam bastante essa musculatura e, além de ficar com as pernas bonitas, você previne o aparecimento de varizes e ainda diminui a chance de um possível infarto.

Por isso, vamos flexionar mais o joelho e forçar essa base!

4 - ESTABILIDADE ARTICULAR

Quanto mais se fortalece os músculos, mais aumenta-se o trofismo muscular (ganho de massa magra), permitindo que as articulações tornem-se mais estáveis e menos propensas a luxações. Da mesma maneira, ao trabalhar a musculatura do abdômen, das costas e do quadril, você estabiliza sua postura e diminui dores nas costas.

Chega de mi-mi-mi! Pague 100 abdominais!

5 - TENHA UM SONO GOSTOSO E TRANQUILO

As pesquisas indicam que ao se exercitar de 2 a 3 vezes por semana, é possível ter um sono mais tranquilo e contínuo. Isso se deve, possivelmente, ao maior relaxamento dos músculos, diminuição da gordura corporal e na região do pescoço, o que diminui a pressão nas vias aéreas, resultando em diminuição do ronco e da apneia do sono. Mas não abuse! Os exercícios devem ser feitos algumas horas antes de dormir, para dar tempo do seu corpo estabilizar e relaxar.

Só não vá dormir no tatame!

6 - MAIOR EFICIÊNCIA NO SISTEMA IMUNOLÓGICO

Sim, quanto mais exercícios você faz (sem exageros, atleta), menos doente você pode ficar. A prática regular de atividades oferece muitos benefícios endócrinos e metabólicos, otimizando o aproveitamento dos alimentos ingeridos. Isso melhora sua nutrição e, com um corpo bem nutrido, fica mais fácil se defender de microrganismos invasores. Você se torna menos suscetível a gripes, viroses e outros tipos de infecções.

Você vai espirrar muito menos! (atchim!..)

7 - COMBATE O ENVELHECIMENTO PRECOCE

Você já viu como os idosos são conservados em Okinawa? Apesar de existirem muitos fatores que contribuem para isso, não podemos esquecer que lá é o berço do Karate-dō e que grande parte de sua população o pratica. O exercício, de forma geral, proporciona uma maior oxigenação das células e melhora o suprimento sanguíneo para elas, nutrindo-as e, assim, retardando seu envelhecimento.

Sim, você será um velhinho conservado!


Fonte: Karate Nerd!

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

A ORIGEM DAS ARTES MARCIAIS



A HISTÓRIA QUE POUCOS CONHECEM

A origem das Artes Marciais está associada com o desenvolvimento da civilização e com o desenvolvimento da agricultura; onde alguém começa a acumular riqueza e poder e com isso surge cobiça, inveja e consequentemente a ira e a agressão física.

A necessidade abriu espaço para a busca da proteção pessoal. A versão mais conhecida da arte marcial, principalmente na história oriental, tem como personagem principal o monge indiano conhecido como Bodhidharma que, em viagem à China no século VI A.C. orientou os monges chineses na prática do Yoga e rudimentos da arte marcial indiana, o que caracterizou posteriormente na criação de um estilo próprio pelos monges de Shaolin. Estudiosos consideram essa alegação com considerável ceticismo, já que através da tradição oral, notas históricas e escavações arqueológicas são relatadas origens mais antigas de algumas técnicas e escolas chinesas. Sabe-se hoje, que o histórico de guerras na China conta seu início há aproximadamente 5000 mil anos e até antes da China, e de lá estes conhecimentos se expandiram por quase toda  a Ásia e, consequentemente pelo mundo.

O Japão e a Coréia também possuem tradições milenares em artes marciais. No Japão, destaca-se o Judô, o Karatê e seus estilos, o Jiu-jítsu, o Kendô, o Aiquidô, etc.

Recentes descobertas arqueológicas também mostram guardas pessoais na Mesopotâmia e de regiões do Oriente Médio praticando técnicas de defesa e de imobilização de agressores que eram conhecidas apenas como técnicas de guerra. De igual maneira, o mundo ocidental desenvolveu outros sistemas de combate.

Apesar de existirem diversos sistemas distintos de classificação dos estilos de arte marcial, e adotados por diferentes culturas em momentos históricos específicos, o berço da maioria das artes marciais e técnicas de combate se encontrem na China, Japão, Índia e Mesopotâmia.

 ESTILOS DE ARTES MARCIAIS CHINESAS

 Diferentes estilos de artes marciais chinesas foram desenvolvidos nos últimos 2.000 anos. Diversos estilos distintos traziam seus próprios conjuntos de técnicas e ideias. Há também diversos temas comuns entre estilos, o que levou muitos a caracterizá-los como pertencentes a “famílias” (家 – Jiā) de artes marciais. Há estilos que imitam movimentos de animais e outros que reúnem inspiração de diversas filosofias chinesas. Alguns estilos se concentram totalmente na crença de controlar a energia Qi, Chi ou Ki (気), enquanto outros focam totalmente em competições e exibições. Muitos estilos, também, fazem uso de um vasto arsenal de armas chinesas.

As artes marciais chinesas podem ser divididas em duas grandes categorias: externas e internas. A diferença está em que tipo de treinamento seu foco principal compreende, mesmo que a maioria dos estilos deveria conter ambos os elementos internos e externos, na prática isto não se revela, cada um tende a se concentrar em um dos polos, devido à dificuldade de entender o que seja interno.

Os estilos externos podem ainda ser divididos entre do norte e do sul, se referindo a que parte da China que os estilos vieram (utilizando Rio Yangtze, ou Chang Jiang, como referência).

 Estilos Externos das Artes Marciais Chinesas (外家 – Wài jiā)

Estes estilos são o que a maioria das pessoas associa com as artes marciais chinesas. Os estilos são geralmente rápidos e explosivos, com foco na força física e agilidade.

Estilos externos podem ser tanto os estilos tradicionais, que focam na aplicação e na luta, como também os estilos modernos, adaptados para competições e exercícios. Exemplos de estilos externos são Wing Chun, que enfatiza socos e bloqueios curtos, Shaolin Quan, com seus ataques explosivos e chutes altos que se parecem com o Tae Kwon Do coreano, e também muitos estilos inspirados por movimentos de animais. Não podemos esquecer as técnicas de Shuaijiao técnicas de projeções e quedas, e do Chin-na técnicas de torções e imobilizações.

Estilos externos são iniciados com um treinamento de força muscular, velocidade e aplicação, e geralmente integram conhecimentos de Qigong nos treinamentos avançados, depois que o nível físico desejado já tenha sido alcançado.

Estilos Internos das Artes Marciais Chinesas (內家 – Nèi jiā)

Estilos internos focalizam primariamente a prática do que consideram como elementos internos, como consciência do espírito, da mente e do Nei Gong (內功) ou Potencial Interno. Alguns praticantes de estilo interno dizem que a diferença entre interno e externo é principalmente a distinção do interior e exterior do corpo. A razão para o nome “interno”, de acordo com as escolas, é que há um foco nos aspectos internos, desenvolvimento do Chi ou energia vital, já no início do treinamento. Uma vez apreendidas as relações internas, elas são aplicadas externamente pelo estilo em questão.

Devido ao longo período que os iniciantes são postos a trabalhar nos princípios básicos das escolas internas e, talvez, devido à predominância recente de diversas escolas ocidentais são criticadas pelos conservadores por deixar de lado o treinamento intenso, muitas pessoas passaram a pensar que tais estilos não oferecem o treinamento físico necessário.

Nas escolas conservadoras, entretanto, muito tempo é reservado ao trabalho físico básico, como por exemplo, a “postura da árvore” (Zhan Zhuang), fortalecimento do corpo, além da possibilidade do uso de armas em nível avançado, que podem conter exigências de coordenação extremamente sofisticadas. Além disso, vários estilos internos utilizam treinamentos em duplas, como por exemplo, o Tui Shou.

Os movimentos da maioria dos estilos internos são executados lentamente, embora alguns também incluam movimentos repentinamente explosivos, como aqueles do I-Chuan, Hsing I-Chuan, Tai Chi Chuan e Pa Kua Chang. É claro que em toda história bem poucas pessoas dominaram verdadeiramente esta classe de estilos, na atualidade é muito raro encontrar um mestre de profundo conhecimento no Neijia, quanto mais variedades de técnicas e estilos se treina sem foco, pior será qualidade de quem busca aperfeiçoamento nos estilos internos, mas sua base pode se relacionar tranquilamente com os estilos de sua família, desde que ensinados corretamente.

O Neijia é uma forma de arte marcial ampla que integra muitos sistemas e que tem um caráter simbólico. Cada técnica, movimento e treinamento representa algo mais profundo da natureza do homem e do universo. Filosoficamente mantém seus valores atemporais (justiça, ética, sabedoria, etc.) unidos ao aspecto marcial, deixando de ser apenas um conjunto de técnicas de combate. Quem trilha um caminho de valor, naturalmente se harmoniza com a vida e com o meio.

 A Filosofia Moral nas Artes Marciais Chinesas

 Há um ditado popular no ciclo das artes marciais da China: “Antes de aprender a técnica, aprende-se a etiqueta; antes de praticar as artes marciais, pratica-se a moral”. Durante a longa história, além de teorias e técnicas, as artes marciais chinesas formaram também um sistema de moral bem ligado com elas, que é chamado de “a moral das artes marciais”. Todas as escolas consideram a educação de moral a primeira missão dos praticantes de artes marciais.

Na moral das artes marciais tradicionais, há conteúdos originados do ambiente da sociedade feudal e limitados por ela, por exemplo: as artes marciais eram ensinadas somente para os filhos, não para as filhas; o relacionamento entre escolas diferentes, etc.; mas a parte principal da moral das artes marciais é uma boa referencia até hoje, por exemplo:

 1. O OBJETIVO DAS ARTES MARCIAIS É DEFENDER-SE E NÃO FERIR: As ações das artes marciais eram desenvolvidas visando os pontos fracos do corpo baseando-se em análises profundas das características fisiológicas do corpo humano. Por isso, é possível ferir ou até matar o adversário em combate. Os verdadeiros mestres das artes marciais são sempre muito cuidadosos em combate; eles não lutam se não for absolutamente necessário, e não usam técnicas perigosas se tiverem outra opção. O objetivo das artes marciais não é ferir o oponente, mas se defender das ações agressivas do mesmo. A construção do caractere “marcialidade” na língua chinesa, que consiste em duas partes: “parar” e “o conflito” ou “a arma”, que significa “usar a arte marcial para suprimir a violência”.

Nas técnicas das artes marciais de Shao Lin vale mais a moral do que a força física pura e põe-se ênfase na defesa em vez do atacar, enfatiza-se que as artes marciais servem para fortificar o corpo e se defender, não se pode usá-las para fazer demonstrações ou comparações de bravura.

Na escolha dos alunos e no ensino das artes marciais, os mestres também consideram a moral do aluno a primeira condição. Em todas as escolas, há regras de ensino visando o caráter do aluno.

2. SER VALENTE NO COMBATE PARA MANTER A JUSTIÇA: As artes marciais põem ênfase em se defender, inclusive defender a própria vida, e ajudar outras pessoas a defender a justiça. Isto é um caráter notável dos mestres de artes marciais. Para os mestres, há “três medos e três sem-medos”. Os “três medos” indicam que um praticante de artes marciais não pode lutar contra três tipos de oponentes que são idosos, mulheres e crianças; e os “três sem-medos” indicam que os mestres não podem hesitar na luta contra três tipos de oponentes que se aproveitam do poder para humilhar ou destruir outras pessoas sendo eles os que têm poder, os que têm força, e os que conhecem bem as artes marciais.

3. RESPEITAR, SER VERDADEIRO E HONESTO: Com a influência da cultura e da tradição, as artes marciais chinesas criaram etiquetas sofisticadas. Em uma luta, não importando que seja uma luta entre amigos ou um luta verdadeira contra inimigos, os lutadores sempre fazem saudações antes de começar a lutar, para mostrar o respeito de um pelo outro. As saudações feitas antes da luta variam segundo o status social dos lutadores e a situação.

A luta deve ser honesta e justa. Ataques de surpresa e com armas escondidas são sempre menos prezados pelos mestres de artes marciais em toda a história.

4. AUTOCONTROLE E APERFEIÇOAMENTO: Uma pessoa que conhece bem artes marciais mantém bons modos e modéstia, respeita o oponente e possui autocontrole.

Todas as escolas têm suas disciplinas que cobrem muitos aspectos da vida dos praticantes, por exemplo, não se pode beber excessivamente, não exagerar em sexo, não se pode ser briguento, não se pode correr atrás da fama, nem ser arrogante e impulsivo, não se pode mentir, nem praticar fraude, deve-se respeitar os professores e os idosos, não se pode usar as artes marciais para infernizar a vida de outras pessoas, etc. Por causa deste tipo de disciplina, fala-se que as artes marciais são um modo de viver.

ESTILOS DE ARTES MARCIAIS JAPONESAS

 No Japão as artes da luta também se dividem em três grupos:

BUGEI (武芸) é o sistema é simples, referindo-se a técnicas de guerrear com o aprendizado voltado à manipulação e domínio de equipamentos bélicos tradicionais, como o arco e flecha, os diferentes tipos de espada, lança alabardas, foices, bastões, machados, correntes, dentre vários outros, característicos da época e região.

BUJUTSU (武術) cujo significado é Técnica Marcial ou Ciência da Guerra. São as artes marciais tradicionais e se relacionam a todas as modalidades e técnicas necessárias para o combate corporal. É composto por um conjunto de técnicas militares, incluindo equitação e natação. Foi estabelecido após o período Kamakura japonês (1192-1333), após a chegada da classe Samurai ao poder, sendo sua prática limitada a membros da elite guerreira, cabendo o domínio total das técnicas somente a uma pessoa, o fundador do estilo. Temos como exemplo o Budō Taijutsu, Kenjutsu, Iaijutsu e alguns Ryūs de Ninjutsu.

BUDŌ (武道) é um composto da raiz BU (武), que significa a guerra ou as artes marciais, e DŌ (道), o caminho de sentido ou forma. Juntos, significa Caminho Marcial ou Caminho da Guerra. Especificamente, Do é derivada da sânscrita marga budista (o que significa o “caminho” para a iluminação). O termo remete à ideia de formulação de proposições, submetê-los à crítica filosófica e, em seguida, na sequência de um “caminho” para realizá-los. Não significa um “modo de vida”. Fazer no contexto japonês é um termo experimental, no sentido de que a prática (o modo de vida) é a norma para verificar a validade da disciplina cultivada através de uma determinada forma de arte. O Budō moderno não tem nenhum inimigo externo, só o inimigo interno, uma de ego que deve ser combatido (estado de Mushin-Muga). É uma evolução do Bujutsu, juntamente com o Bugei. Contudo, o Budō foi ainda dividido em duas linhas de evolução: a linha esportiva competitiva e a linha de estudo da técnica marcial, sem o propósito de guerra, evolução característica da arte marcial e outras que se mantiveram desde a antiguidade.

Além disso, Budō e Bujutsu tem ainda diferenças muito delicadas. No Bujutsu, os alunos raramente participam de campeonatos e demonstrações. O sistema de graduações não é tão rígido e regulamentado conforme a idade e o tempo de treino e sim conforme o conhecimento e a capacidade do aluno.

Já no Budō, suas graduações são regulamentadas conforme os estatutos de cada um dos sistemas. As provas são severamente regulamentadas e a graduação depende do tempo de treino e da idade do aluno.

A partir do Xogunato Tokugawa (século XVII), com a estabilização e pacificação do Japão, o Bujutsu começa a perder sua importância como instrumento de guerra e a ganhar uma conotação mais formadora e educacional. Após a restauração Meiji, que terminou com o Xogunato e a sociedade estratificada, a classe guerreira deixou de existir e, assim, nada mais restava das antigas circunstâncias que sustentavam as tradicionais técnicas de guerra. Elas haviam perdido completamente seu propósito original.

Para preservar o patrimônio marcial japonês foram necessárias mudanças para se conformar com os novos tempos. Uma das mudanças foi a dos objetivos. A nova finalidade não poderia ser mais a guerra, já que boa parte das técnicas, já naquela época, eram antiquadas tendo em vista os equipamentos e armamentos modernos. Outra mudança foi em relação ao público que tinha acesso às antigas técnicas: os samurais já não existiam.

A nova finalidade foi explicitar o caráter formador e educacional em detrimento da busca pela eficiência letal. Através do treino das técnicas se cultivaria corpo, mente e espírito para o autodesenvolvimento. E as técnicas estavam abertas para toda a sociedade. Por essas razões, muitas técnicas foram adaptadas e algumas até eliminadas. Não deveriam ser mais, técnicas que visavam à guerra e a morte, exclusivas dos samurais, mas caminhos educacionais para o aperfeiçoamento humano que estavam ao alcance de qualquer um. Esta é a origem do Budō.

O Judô (柔道) foi um dos primeiros Budō modernos. Jigoro Kano percebeu o valor educacional do Budō e, no caso dele, compilou diversos estilos de Jujutsu e idealizou uma disciplina para o novo Japão.

Seguindo este exemplo, vieram diversas outras como o Kendô (剣道), o Iaidô (居合道), o Kyudô (弓道), o Naginata-do (薙刀道), o Aikidô (合気道), o Karatê-do (空手道) e assim por diante.

taifujutsu.blog.com

Bodhidharma


Bodhidharma (1685-1768)

Não existem registros escritos precisos sobre a origem das artes marciais, no entanto, 
acredita-se que elas tenham suas raízes mais remotas na Índia, há mais de dois mil anos 
atrás. Há indícios de que nessa época tenha surgido a primeira forma de luta organizada, 
chamada de Vajramushti, que seria um sistema de luta de guerreiros indianos. 
A história das artes marciais começa a tomar uma forma mais concreta a partir do 
século VI, quando no ano 520 A.D. um monge budista indiano chamado Bodhidharma - 
28º patriarca do Budismo e fundador do Budismo Zen - deixou seu país e partiu numa 
longa jornada em busca da iluminação espiritual. Bodhidharma (conhecido no Japão 
como Daruma) viajou da Índia para a China, pernoitando nos templos que encontrava 
pelo caminho e pregando sua doutrina aos monges ou a quem quer que fosse. 
Depois de ter perambulado por boa parte do território chinês, o destino o conduziu ao 
Templo Shaolin, localizado na província de Honan. Diz a lenda que, ao penetrar no 
velho mosteiro, Bodhidharma deparou-se com a precária condição de saúde dos 
monges, fruto de sua inatividade. Foi então que ele iniciou os monges na prática de uma 
série de exercícios físicos, ao mesmo tempo em que transmitia-lhes os fundamentos da 
filosofia Zen, com o objetivo de reabilitá-los tanto física quanto espiritualmente. 
Os exercícios ensinados por Bodhidharma eram baseados em métodos de respiração 
profunda e yoga, e seus movimentos se assemelhavam a técnicas de combate. A prática 
desses exercícios logo tornou-se uma tradição no templo, vindo mais tarde a atingir um 
estado de evolução tal que pôde ser considerada como um verdadeiro e completo 
sistema de autodefesa: o Shaolin Kung Fu, que no Japão é conhecido como Shorinji 
Kenpo. 
Esta arte marcial em ascensão logo mostrava sua eficiência, primeiro com relação à 
reestabelecida saúde dos monges, e segundo como método de defesa pessoal 
propriamente dito, posto em prática contra bandoleiros que por vez ou outra saqueavam 
o templo, de quem os monges em outros tempos eram considerados presas fáceis. 
A reputação dos monges lutadores logo se espalhou pela China, fazendo com que o 
Shaolin Kung Fu se difundisse amplamente pelo país, principalmente durante a Dinastia 
Ming (1368-1644), vindo mais tarde a conquistar outros países da Ásia e a dar origem a 
outros estilos de artes marciais, como o Karate em Okinawa.

Biografia

Daruma ou Bodaidaruma é o nome japonês de Bodhidharma, o mestre indiano que viveu no séc. V ou VI dC. É o primeiro patriarca do Zen chinês (Ch'an) e o 28.º na linhagem do Budismo Indiano iniciada por Buda Shakyamuni. É ainda considerado o introdutor das artes marciais nos templos Shaolin. 

A tradição conta que Bodaidaruma pertencia à casta dos guerreiros, e era o terceiro filho do rei Koshi. O seu nome de nascimento era Bodaitara (“A Pérola da Suprema Iluminação”) e desde cedo o brâmane Hannyatara verificou a sua predisposição para a prática do Buddhadharma. Contudo, só depois da morte do pai, e após passar sete dias em samadhi, Bodaitara se dirigiu a Hannyatara para receber os preceitos. Desde logo revelou a sua maturidade na prática, e Hannyatara deu-lhe o nome de Bodhidharma (“Aquele cuja Iluminação é Toda-Penetrante”) e profetizou quanto ao caminho que deveria seguir. Depois do Parinirvana do mestre, Daruma deveria viajar até à China para aí transmitir o Dharma. Permaneceu assim junto de Hannyatara durante cerca de quarenta anos, até que a ligação kármica com a China amadureceu e Daruma partiu de barco numa viagem que duraria cerca de três anos. Aportou em Nankai, na costa sul da China e foi recebido pelo Imperador, que lhe perguntou quais os méritos que tinha acumulado ao construir templos, publicar sutras e ao ajudar a Sangha, ao que Daruma respondeu: “Nenhum que se veja!”. O Imperador perguntou-lhe então: “Qual é a essência do Budismo?” “Vasto vazio e nenhuma essência”. Finalmente, o imperador indagou: “Já que dizes que no Budismo as coisas não têm essência, então quem está a falar diante de mim?” e a resposta veio da mesma forma abrupta: “Não sei!”. 

Daruma viajou para o Norte e atravessou o rio Yangtze, de acordo com a previsão de Hannyatara. Aí instalou-se no Templo Shaolin Shorin-ji, onde praticou ininterruptamente durante 9 anos, sentado diante de uma parede. Durante esse tempo de meditação, os membros ter-se-iam atrofiado e mesmo caído. Segundo outra história Bodhidharma teria cortado as pálpebras por ter adormecido e ao atirá-las para o chão estas deram origem... ao chá verde. Mais prosaicamente, outra versão indica que Bodhidharma teria trazido alguns pés da planta do chá para a China. Em todo o caso, o chá ficou para sempre ligado à cultura Zen. 

Teve poucos discípulos, tendo a linhagem sido transmitida a Hui-k'o. Alguns anos depois da sua morte, um oficial chinês relatou ter encontrado Bodhidharma nas montanhas da Ásia central. Transportava um bastão do qual pendia uma só sandália e disse ao oficial que ia de volta para a Índia. Quando souberam desta história, os monges abriram o seu túmulo. Só lá estava uma sandália. Estas e outras histórias, algumas contraditórias, explicam a iconografia de Daruma, representado frequentemente com metade do corpo, olhos esbugalhados (sem pálpebras), ou transportando uma sandália. Quando lhe perguntaram quanto tempo levou a pintar o retrato de Daruma, Hakui respondeu: "dez minutos e oitenta anos".

Nos escritos que se lhe atribuem, disse: "A única razão da minha vinda à China foi para transmitir o ensinamento súbito do Mahayana. Esta mente é o Buda. Não falo sobre preceitos, devoções ou práticas ascéticas como a imersão na água e no fogo, pisar uma roda de facas, comer uma refeição por dia ou nunca se deitar. Estes são ensinamentos fanáticos e provisórios. Uma vez que reconheças a tua, sempre em movimento, milagrosamente consciente natureza, a tua é a mente de todos os Budas". 


Daruma e o Zen

Bodhidharma ensinava que a iluminação não se encontra em livros ou rituais, mas no interior de nós mesmos. E através da meditação limpamos os véus do obscurecimento e recordamos a nossa natureza de Buda. 

Bodhidharma definiu o Zen como uma transmissão especial para além das escrituras, que não depende de palavras ou letras, mas aponta directamente para a mente, vendo a nossa verdadeira natureza e alcançando a Iluminação ("A special transmission beyond Scriptures, Not depending on words or letters, But pointing directly to the Mind, Seeing into one's true Nature, And realizing one's own Enlightenment").

Esta mente é por ele descrita como, desde tempos sem começo, nunca ter mudado. "Nunca viveu ou morreu, apareceu ou desapareceu, cresceu ou diminuiu. Não é pura nem impura, boa ou má, passado ou futuro. Não é verdadeira nem falsa. Não é macho ou fêmea. Não surge como um monge ou um laico, um ancião ou um noviço, um sábio ou um louco, um buda ou um mortal. Não procura a realização e não experimenta o karma. Não tem solidez ou forma. É como o espaço. Não o possuis e não o perdes. Os seus movimentos não podem ser bloqueados por montanhas, rios ou rochas. Nenhum karma pode restringir este corpo real. Mas esta mente é subtil e difícil de ver. Não é o mesmo que a mente dos sentidos. Todos querem ver esta mente e os que movem os pés e as mãos à sua luz são tão numerosos como as areias do Ganges, mas quando lhes perguntas, não conseguem explicá-la. Pertence-lhes e usam-na. Mas porque não a podem ver?... Só os sábios conhecem esta mente, esta mente chamada natureza do dharma, esta mente chamada libertação. Nem a vida nem a morte a pode libertar. Nada pode. Também se chama o Imparável Tathagata, o Incompreensível, o Eu Sagrado, o Imortal, o Grande Sábio. O nome varia mas não a essência." 


http://www.clubenippon.com.br
Dados biográficos recolhidos de Denkoroku, The Record of the Transmission of Light, da autoria do Mestre Zen Keizan Jokin
Citações traduzidas livremente de The Zen Teaching of Bodhidharma
Para mais reproduções de Daruma, ver www.shambhala.com/zenart

Karate: “Mãos Vazias” ou “Mente Vazia”?

 

 “Busca de autoconfiança e disciplina através do treinamento, aprimoramento intelectual e perceptivo frente a um ataque, formação do caráter e de hábitos de saúde decorrentes da meditação ZEN.”
Acima de uma Arte Marcial, Defesa Pessoal, Esporte, o Karate representa uma Filosofia de Vida.
A sua prática constante traz muitos benefícios: físico, social, mental, espiritual, psicológico, desenvolvendo um equilíbrio interno muito grande, fator essencial nos dias de hoje.
Apesar de algumas vezes não termos o controle de uma situação, temos que estar sempre treinados e preparados para reagir com inteligência. O estado de alerta sempre presente no praticante do Karate, faz com que não tenhamos surpresas desagradáveis, pois devemos ser capazes de pressentir uma situação de risco, e assim, se for para o nosso bem, tentar evitá-la.
Existem momentos em nossas vidas, que não temos tempo de organizar um pensamento para tomar a atitude mais correta, seja numa competição esportiva, profissional, ou qualquer outro tipo de desafio que exija uma reação rápida, inteligente e espontânea.
Quando estamos equilibrados emocionalmente, conseguimos deixar nossa mente vazia e limpa. Quando enviamos estímulos ao cérebro captados pelos órgãos dos sentidos, o cérebro manda ao aparelho locomotor, a ordem que determina as diferentes reações de nosso organismo.
A aplicação dessa ordem na prática, vai depender do estado mental e psicológico em que a pessoa se encontra.
Seja por intuição, condicionamento, treino ou puro reflexo, nosso corpo responde rapidamente de acordo com a necessidade da situação, e se o indivíduo for inteligente emocionalmente, o resultado será positivo.
E se o resultado for negativo? Treine, e da próxima vez, com certeza dará certo.
Mas, o que é certo e o que é errado?
Essa resposta está dentro de cada um de nós. Se estamos falando de equilíbrio, certo é o que existe entre o dia e a noite, entre a verdade e a mentira, entre a vida e a morte, entre o ódio e o amor, entre a calma e a agitação, entre o certo e o errado.
Vivemos num mundo altamente competitivo, onde com certeza, quem estiver mais equilibrado emocionalmente, levará vantagens nas maneiras de se relacionar, pensar, sentir e agir, enfim, viver em harmonia com o seu interior e o mundo material e espiritual.
Luci Fonseca Nakama

domingo, 5 de janeiro de 2014

Karatê Gi

 

Keikogi

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Keikogi (稽古着 ou 稽古衣 Keikogui?) é uma palavra japonesa que significa uniforme de treinamento (keiko = treinamento, prática; gi = roupa). Sendo um uniforme para prática de esportes (artes marciais), não consiste necessariamente de kimono, mas sim, de uma vestimenta específica para cada modalidade. A palavra “Keikogi” é erroneamente substituída por “gi”, essa substituição é errada por que “gi” não apresenta o mesmo significado. Uma substituição correta seria “Dogi” que significa “o uniforme usado no caminho que você escolheu” pois se você colocar o nome do esporte no lugar de “do”, você obtém exactamente o significado de dogi (judô-gi, caratê-gi).



Karategi

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Karategi ou Karate-gi (空手着 ou 空手衣?) é a denominação formal para o uniforme de treinamento de caratê. É muito similar ao judogi, pois ambos possuem uma origem em comum.[1]

Características

O karategi geralmente é feito de tecido mais leve e o corte o torna um pouco mais folgado do que o judogi. Por causa da natureza do treinamento da arte marcial, que enfatiza golpear, chutar, movimentos rápidos e um leque mais limitado de agarramentos, quando comparado ao judô. A idumentária evoluiu de modo a potencializar o binômio mobilidade/velocidade, o que torna dispensáveis tecidos mais grossos e fortes exigidos para a prática de técnicas de arremessos e agarramentos.
De fato, os karategis mais baratos são muitas vezes feitos de tecidos mais finos similares aos usados em camisetas de verão, fazendos frágeis e rasgando com facilidade. Tendem a aderir à pele do praticante, criando algum desconforto quando uma transpiração prolongada ocorre. Este tipo de karategi é feito com tecidos mais leves do que 8 oz (onças).
Karategis de melhor qualidade são feitos com tecidos leves, de algodão, os quais suportam todas as trações de um treinamento intenso e rigoroso, sem restringir a mobilidade do carateca. Geralmente, tais karategis usam tecido de algodão de pelo menos 10 oz.
Os praticantes mais avançados parecem preferir o uso de tecidos mais pesados. Alguns fabricantes oferecem karategis feitos com tecidos de até 16 oz, mas a norma é usar karategis feitos com tecido de algodão com 12 ou 14 oz. As razões pelas quais os praticantes mais avançados preferem karategis feitos de tecidos mais pesados é que eles tem uma durabilidade maior e os tecidos mais grossos permitem lidar melhor com a transpiração. Não é incomum um praticante de artes marciais se sentir mais confortável com um karategi mais pesado, comparado aos karategis mais baratos feitos de tecidos mais finos.
Os diferentes estilos de caratê têm uniformes levemente diferentes, a pesar de todos partilharem do mesmo desenho básico, diferindo somente nos comprimentos das calças e das mangas e da parte inferior do uwagi (jaqueta). Muitos caratecas tendem a usar uma faixa (Obi) muito mais longa do que as usadas no judô e em outras artes marciais.
Karategis são algumas vezes usados na prática de outras artes mariciais, tal como o jiu-jitsu, quando os particantes são muito jovens e estão ainda em fase de crescimento e, em poucos anos seus uniformes se tornarão pequenos e apertados. A pesar do karategi ter uma durabilidade menor comparada com o judogi, seu custo também é menor, o que compensa o seu uso até que o crescimento do atleta se estabilize.

História

O uniforme foi introduzido no caratê por Sensei Gichin Funakoshi, por sugestão do Sensei Jigoro Kano.[2]
Sensei Kano padronizou a roupa de treinamento do judô baseado num vetusto uniforme usado no treinamento tradicional de jiu-jitusu[a], logo no alvorecer do século XX. A faixa, ou obi, veio da prática de os judocas usarem faixas de tecido pretas, para firmarem suas roupas ao corpo durante o treino.
Devido ao facto de os dois grandes mestres serem grandes amigos, bem como interessados nas artes um do outro, ambos compartilhavam ideias e sugestões. Assim, por sugestão de Jigoro Kano, Gichin Funakoshi adoptou a mesma roupa, só que adaptada, para os treinos de caratê também. Além disso, como o carategui é idêntico ao judogui, a aceitação do caratê no resto do arquipélago japonês foi melhorada. Ao retornar a Okinawa, Sensei Funakoshi levou o uniforme, o qual se disseminou perante os demais estilos e dojôs da luta.[3]

Notas

[a] ^  O uniforme tradicional do jiu-jitsu era feito à base de linho e algodão. A cor branca teria permanecido por causa das repetidas lavagens.

Referências

  1. K a r a t e: KIMONO ou KARATEGI - vestimenta para treino. Página visitada em 22.nov.2010.
  2. SOLIS ORTUS - The History of the Karate Gi (em inglês). Página visitada em 22.nov.2010.
  3. Por que usamos karategi? « Academias Karate Wado. Página visitada em 22.nov.2010.


Por que usamos karategi?

O GI é uma palavra que significa literalmente “vestes” ou “roupa”, mas é muitas vezes usada para significar “uniforme”. Usando a palavra gi para descrever um uniforme de artes marciais é comum em português, mas é um uso incorreto do termo em japonês, onde o nome completo keikogi é usado. No entanto, é comum para substituir a palavra keiko com o nome da arte marcial praticada, como karategi, judogi ou Aikidogi.
O GI é composto por uwagi ou jaqueta, zubon ou calças, e um obi ou cinto.
Então de onde é que este estilo quase universal de uniforme de artes marciais vem? Algumas fontes sugerem que o karategi originado, em Okinawa, como uma roupa funcional, que se assemelhava a roupa que os camponeses e os agricultores já estavam vestindo. Sugere-se que a roupa foi desenhada para ser leve, com mangas curtas e pernas para fazer o treinamento no sol quente, apesar de ainda ser adequado tanto para a formação noturna mas que serve também para dormir. No entanto, há muitas provas fotográficas que nativos de Okinawa realmente treinavam com shorts e camisetas ou mesmo apenas na sua cueca! Sensei Funakoshi (fundador do Karate Shotokan) treinado com calções e camisea até que ele foi para o Japão.
A introdução do modelo do uniforme atual de artes marciais é geralmente atribuída a Jigoro Kano do judô, que desenvolveu o jujitsu, nos primeiros anos do século 20. Estudantes do Sensei Kano usavam quimonos para a prática cotidiana, e usavam faixas pretas para manter os quimonos fechados enquanto eles lutavam.
No entanto, os materiais leves utilizados em quimonos não eram apropriados para grappling e Sensei Kano restaurou o uniforme baseado em um antigo modelo usado pelo antigo jiu-jitsu antigo feito de linho, na cor café e coberto com tecido de algodão. As histórias antigas dizem que, devido ao efeito do suor e da intensa fricção das práticas e mais lavagem de rotina, eles ficam brancos naturalmente. Devido a isto, quando o Sensei Kano decidiu restabelecer o traje oficial para o Judô, ele levou em conta o exposto, e decidiu que a cor mais adequada seria o branco.
Kano e Sensei Funakoshi eram muito bons amigos e quando Funakoshi veio ao Japão pela segunda vez em 1922 para demonstrar o karate na Kodakan do Sensei Kano (dojo central de judô no Japão), Kano ficou alarmado ao saber que Funakoshi estava indo fazer a demonstração usando shorts e camiseta. Kano convenceu-o a usar um judogi para que ele parecesse mais profissional à frente dos dignitários que ele estava tentando impressionar. Funakoshi concordou e depois retomou a Okinawa levando o giu como uma dádiva de Kano. O uso do GI, em seguida, espalhou-se por Okinawa, assim como nos dojôs de Karatê no Japão.
No Judô existem normas exigentes para o peso, tamanho, estilo e cor do GI – especialmente para competições e os uniformes eram grossos e pesados para a durabilidade. No karatê o GI foi modificado para ser mais fino e leve com mangas curtas e pernas para ajudar chutar e golpear. No entanto, muitos praticantes preferem karate gi com um peso maior para o trabalho kata (especialmente em competição), que dá uma característica de ‘agarrar’ o som quando os movimentos são realizados, de forma rápida e drasticamente.
É ainda relevante vestir um kimono de artes marciais hoje? Muitas artes marciais modernas, tais como kickboxing e artes marciais misturadas têm deixado cair o GI como um uniforme e tendem a usar roupas mais modernas, como calções ou camisetas e calças de trilha. No entanto, os estilos mais tradicionais de artes marciais têm mantido a sua utilização ou usa uma versão modificada, muitas vezes, nos EUA principalmente, uma cor diferente do branco.
Há cinco razões invocadas por que o kimono tradicional deva ser usado:
1. Um lugar diferente. O uso de um uniforme lembra que o lugar onde ele treina é diferente do lugar onde ele vive e trabalha. Quando ele entra no dojô, ele entra em um lugar onde as realidades e as preocupações do mundo podem ser anuladas e ele pode se concentrar totalmente nos aspectos físicos, mental e espiritual de sua formação.
2. Uniformidade e organização. O uso de um uniforme nos ajuda a ver de relance qual a categoria, e quem é sensei e que é estudante. Esta organização de classificação e hierarquia permite ter uma organização de pensamento e de uma progressão sensível do treinamento. Ele permite aos particulares conhecer a sua posição e que devem ser atingidas para aumentar a sua posição no dojo.
3.Cometimento. Quando um indivíduo usa uniforme torna-se mais comprometido com a arte em que ele pertence.
4. Praticidade. O gi é confortável e prático, além de resistente. É apto para o efeito. Remanescente, permite conforto para continuar a formação para os longos períodos de tempo, que deve resultar em uma maior capacidade.
5. Mantendo a integridade da arte. O GI ajuda a manter a integridade da arte. Vestindo o gi mostra-se o conhecimento e o respeito pela história, cultura e origem da arte. Ignorando a utilidade de um uniforme ignoram-se as raízes da arte.
(Adaptado do Patrimônio Artes Marciais – manual do estudante)
Parece que o GI é mais do que apenas um uniforme, mas é um símbolo de tudo o que significa ser um artista marcial. Mantenha-o limpo, use-o com orgulho.
Por:akwado.wordpress.com


Kimono ou Karategi

Em 17 de maio de 1921, quando o Mestre Jigoro Kano (judô) convidou o mestre Funakoshi para ir ao seu Dojô (Kodokan) para que fizesse a apresentação do Karate-Jutsu de Okinawa, foi que o Karate-gi surgiu como vestimenta de treinamento no Karatê.

Anterior a essa época não havia nada preestabelecido como vestimenta para o treinamento no Karatê.
Esta não era uma vestimenta que se utilizava exclusivamente nos treinamentos quotidianos.

O mestre Funakoshi adquiriu uma peça de algodão branco na casa de um comerciante de Kanda sendo ele próprio, Funakoshi, que confeccionou o traje a mão, evidentemente copiado do traje de Judô.
Gima havia preparado sua vestimenta, porém no dia da demonstração o Mestre lhe entregou o kimono confeccionado com suas próprias mãos na noite anterior, dizendo-lhe, no momento de entregá-lo:

"É possível que façamos algumas formas de combate e não seria harmonioso cada um usar uma cor diferente."

Deduzimos assim que o primeiro Karate-gi branco data de 1921, não tendo sido usado antes como uma roupa convencional para a prática do Karatê.
Antes do seu surgimento, se treinava com roupas comuns ou calças curtas, e dorso nu, temos que ter em conta que o clima em Okinawa era quente, não sendo igual ao de Tóquio.

Assim o Kimono branco se converteu progressivamente em um artigo habitual para o uso do Karatê, tornando-se mais tarde a vestimenta oficial, tendo sido introduzida em Okinawa como uma nova forma de tradição.
JUTSU é: técnica, habilidade ou arte.

Por:nanimadeira.blogspot.com.br

Ki: Mito ou realidade?


O que é o ki? Praticantes experientes de diversas artes orientais, instrutores e mestres dizem que o ki é a energia vital, algo que sustenta a vida em todas as suas formas. O que determina a saúde de uma pessoa, por exemplo, é o fluxo natural do ki. Quando essa energia não flui, a pessoa fica fraca e adoece com facilidade. Mas não são só os seres vivos que têm ki. Fala-se no ki do ar, da água, do solo e da luz solar — a natureza tem um ki que se manifesta no fluxo dos rios, na mudança das mares, nos ventos e nas tempestades.

A partir dessas idéias surgiram práticas que têm o objetivo de dominar o ki e utilizá-lo no desenvolvimento da saúde, da força física e do equilíbrio físico e mental. Algumas práticas vão além e propõem-se a desenvolver e utilizar o ki na cura de doenças, na defesa pessoal e mesmo em práticas paranormais.

Muitas pessoas esforçam-se para entender e explicar o que é o ki. Uma das explicações mais comuns é aquela que diz que o ki é a coordenação entre energia física e energia mental; algumas pessoas dizem que o ki é precisamente essa coordenação, o que vai além da simples soma de energia física e energia mental. Uma decorrência dessa explicação é a idéia de que o ki é intenção e vontade. Uma criança que não quer ser tomada no colo, por exemplo, torna-se mais pesada por causa de seu ki — seu corpo e sua vontade se coordenam de forma a não ser erguida do chão. No Aikido, uma mulher pequenina é capaz de neutralizar o ataque de um brutamontes através da união de sua atenção, sua vontade e seus movimentos.

Já se tentou associar o ki à eletricidade, ao pensamento e ao poder psiquíco. Cada uma dessas associações diz algo sobre o ki, mas todas as explicações somadas ainda parecem estar longe de defini-lo. A despeito da falta de explicações e das imprecisões usuais, muitas práticas se baseiam na existência e na possibilidade de utilizar o ki para um determinado fim — mais ou menos como um pintor aprende a misturar tintas e pintar um quadro, embora não saiba dizer o que faz com que o azul seja azul.

Uma dessas práticas é o Aikido, arte marcial japonesa criada em meados do séc. XX por Morihei Ueshiba. Aikido pode ser traduzido — com o perdão dos puristas — como “o caminho [do] da energia [ki] com harmonia [ai]” ou “o caminho [do] da unificação [ai] das energias [ki]“. No Aikido diz-se que o praticante torna-se invencível na medida em que desenvolve o ki, o que permitiria inclusive antever uma agressão e neutralizá-la com segurança, radpidez e eficiência.

Outra prática que faz uso do ki é o Reiki — que pode ser traduzido como “energia [ki] espiritual [rei]” ou “energia [ki] divina [rei]“. Através de invocações elaboradas, da inspiração divina e de uma vida ascética o praticante (reikiano) torna-se capaz de usar o ki para curar doenças. O ki é aplicado pela imposição das mãos em pontos específicos do corpo do paciente. A prática do Do-In, a Cura Prânica e diversos tipos de massagens orientais funcionam de forma semelhante ao Reiki.

O Tai Chi e o Qi Gong (Chi Kung) também são artes que se baseiam no ki, com algumas diferenças nas técnicas e nos objetivos.

O que me levou a escrever sobre o ki foi a percepção de que existem mais elementos comuns entre essas artes além do próprio ki. Isto sugere que os efeitos que nessas artes são atribuídos ao ki são na verdade os efeitos desses fatores combinados. É possível que o ki seja, em determinadas circunstâncias, precisamente a ação combinada desses fatores. Incapaz de perceber a existência desses elementos, tampouco a combinação deles, o indivíduo simplifica suas dúvidas e declara que o benefício que ele obteve com a prática daquela arte veio do ki. Não digo com isso que o ki não existe e que, portanto, as bases conceituais de artes como o Aikido e o Reiki não têm validade. O que quero dizer é que essas bases são menos importantes do que a prática diligente daqueles elementos que se combinam e que levam à “manifestação do ki”.

Os exemplos do Aikido e do Reiki serão esclarecedores. Falarei deles porque são as artes que conheço melhor e que pratico.

Há no Aikido, sobretudo no estilo chamado Ki-Aikido, os quatro princípios de coordenação mente-corpo. São eles: manter o peso na parte inferior do corpo, relaxar completamente, manter a atenção no tanden (o centro do corpo, situado cerca de dois dedos abaixo do umbigo) e estender o ki. Os dois primeiros princípios são princípios do corpo; os dois últimos, da mente. Manter o peso na parte inferior significa sentir os pés e o chão; relaxar completamente significa aliviar as tensões musculares desnecessárias. Manter a atenção no tanden significa ter a consciência de que ele existe e está lá, assim como sabemos que temos duas orelhas mesmo sem poder vê-las; estender o ki significa imaginar que uma energia é produzida em você e chega a um ponto determinado fora de você. Segundo os praticantes de Ki-Aikido, estes quatro princípios unidos fazem com o ki flua naturalmente pelo corpo. Com o ki fluindo naturalmente pelo corpo é possível utilizá-lo na prática das técnicas, o que as tornaria mais eficientes.

O Reiki, como já se disse, baseia-se em princípios parecidos com os do Aikido. Não existem técnicas marciais no Reiki, porque se trata de uma arte de cura direta. Há, no entanto, cinco princípios em que a prática deve se basear, que são os lemas do Reiki: “somente hoje não sinta raiva e não fique zangado”, “somente hoje abandone suas preocupações”, “somente hoje agradeça suas bênçãos, respeite seus pais, mestres e os mais idosos”, “somente hoje faça seu trabalho honestamente”, “somente hoje, mostre amor e respeito, e seja gentil com todos os seres vivos”. Os dois primeiros lemas são lemas pessoais, referem-se a emoções que o praticante pode sentir e que deve evitar. Os três últimos referem-se ao mundo ao redor e a como o praticante se relaciona com ele e se oferece a ele. Esses lemas não podem ser divididos entre princípios de mente e de corpo, como no Aikido, mas tentar fazer essa divisão sugere algumas semelhanças.

Nos dois casos, no Reiki e no Aikido, é clara a importância dada ao despojamento de tensões (“relaxar completamente” e “não sinta raiva”, “abandone suas preocupações”). É dada importância fundamental ao aqui-agora, à noção de que é no presente e exatamente no lugar em que você está que a ação acontece e os problemas se resolvem: “atenção ao tanden” e “somente hoje…”. Da mesma forma, é comum a noção de que o praticante deve oferecer algo bom, com honestidade: “estender o ki” e “faça seu trabalho”, “agradeça”, “respeite”.

Além disso, existem diversas semelhanças nas circunstâncias em que as práticas ocorrem.

Uma aula de Aikido ocorre num ambiente limpo, adequado, tão silencioso quanto possível. Esse ambiente é chamado dojo (“lugar em que se pratica o caminho”), que em muitos aspectos se assemelha a um templo religioso. Atenção e dedicação dos praticantes são fundamentais. Reverência e respeito são necessários e inevitáveis. Os parceiros de treino pedem um ao outro para treinar juntos a próxima técnica; ao fim, agradecem e permanecem em silêncio aguardando o sinal do instrutor (sensei) para a próxima prática.

Ao final da prática do Aikido há um ritual de agradecimento aos parceiros e ao sensei e recomenda-se manter-se atento a todos seus movimentos e gestos, de modo a perceber em si mesmo os efeitos do treino na mente e no corpo.

O Reiki, ao menos no Ocidente, é praticado em consultórios médicos ou esotéricos. O ambiente deve ser silencioso, limpo, confortável. O paciente deita-se numa superfície plana, como uma cama, mas não tão suave ao ponto de fazê-lo dormir imediatamente. O praticante aplica o Reiki enquanto o paciente permanece relaxado e de olhos fechados. Como o Reiki pode ser algo monótono, recomenda-se que o praticante tenha plena consciência do que está fazendo o tempo todo. Não é necessário imaginar nada, basta apenas impor as mãos sobre cada ponto do paciente (conforme especificado pela teoria do Reiki) e manter a atenção no que faz. Música e luz suaves são bem-vindas.

Ao final da sessão de Reiki não há recomendações especiais, embora o ambiente em que o Reiki se realiza e seus rituais convidem o paciente à serenidade e ao equilíbrio emocional.

No Aikido e no Reiki, grande parte dos benefícios é atribuída ao ki — ao desenvolvimento, ao domínio, à aplicação e à preservação do ki. Mas talvez esses benefícios sejam fruto de todos fatores assinalados anteriormente.

Esses fatores, reunidos, contrapõem-se ao modo de vida que a maioria das pessoas leva. No dia-a-dia, poucas pessoas têm oportunidade de perceber o próprio corpo (como no Aikido) ou de deitar-se especificamente para relaxar e receber os cuidados de outra pessoa, especialmente capacitada para isso (como no Reiki). As duas práticas, assim, sempre trarão benefícios enquanto o modo de vida predominante for aquele que inclui 40 horas de trabalho semanais, trânsito e poluição, alimentação irregular e respiração idem.

O Reiki e o Aikido são práticas curativas. O Reiki pelo caminho direto da cura, da solução de males físicos e emocionais. O Aikido, pelo caminho das técnicas marciais, como forma de gerenciar e resolver conflitos internos e externos. Se é verdade que o ki existe também na natureza, ele não se manifesta de uma forma muito evidente pelo simples fato de que a natureza não está doente. Doentes estamos nós e é por isso, pelo contraste, que teremos a impressão de que o ki está operando milagres quando na verdade estamos simplesmente fazendo coisas boas que não costumamos fazer, estamos retornando àquela naturalidade física e emocional tão comum nos bebês.

Bebês normais, como animais selvagens, árvores e riachos, não precisam de Reiki e de Aikido. Pode haver sentido, mas não há necessidade de aplicar Reiki neles, assim como é impossível oferecer-lhes os benefícios do Aikido. Simplesmente não há diferença entre o que algumas pessoas chamam de “fluxo natural do ki” e o que todos reconhecem como “corpo relaxado e mente serena”.

Kenshu Furuya, 6º dan de Aikido, é enfático ao repetir essa mesma idéia. O ki se manifesta através do corpo, o que nos leva a pensar mais atentamente na sinonímia entre mente, corpo e ki. Koichi Tohei, fundador do Ki-Aikido, diz que o corpo é a mente em estado bruto e que a mente é o corpo em estado refinado, idéia semelhante à de Furuya Sensei.

Não descarto a possibilidade de que algo diferente e extraordinário possa acontecer. Eu mesmo já experimentei coisas assim, que são explicadas unicamente com a palavra “ki”. Ser imobilizado no chão ao contato de um único dedo sobre meu pulso ou ter um braço aquecido rápida e subitamente quando uma pessoa toma meu pulso em sua mão são fatos que não podem ser explicados apenas com “relaxar completamente” ou “faça seu trabalho honestamente”. Independentemente do que tenham feito, elas estavam relaxadas e sendo honestas, não tenho dúvidas disso. Se o ki não é relaxamento e honestidade, o ki está no relaxamento e na honestidade e, assim, vale a pena manter-se relaxado e ser honesto, assim como vale a pena seguir os princípios do Aikido e do Reiki e praticar estas e outras artes de desenvolvimento e utilização do ki, por mais que o discurso soe esotérico demais para quem, como eu, está habituado a crer apenas depois de ver.
christianrocha.wordpress.com

sábado, 4 de janeiro de 2014

Oq significa Kiai

O uso de um som alto, breve ou longo, é denominado kiai. O kiai é executado no instante que antecede o impacto dado por um golpe. Este som tem como finalidade, concentrar e exteriorizar energia e força, estimulando a velocidade, a contração muscular e também distrair a atenção do oponente. Kiai-jitsu era praticado pelos monges Budistas, que tinha por finalidade curar pacientes, usando recursos terapêuticos na emissão de determinados sons....

As duas fazes do Kiai são: O Resetamento e o Impulso
- Fase do Resetamento: consiste da contração dos músculos abdominais e inspiração profunda. Assim o Cérebro prepara o corpo para um surto de energia. A inspiração profunda enriquece a corrente sanguínea de oxigênio indispensável para o nosso organismo.

- Fase do Impulso: leva-se em consideração a ação de atirar, levantar, empurrar, ou desferir um soco ou chute, enquanto o ar é expirado bruscamente.


Contam-se histórias de homens que podem paralisar ou mesmo matar pequenos animais com um Kiai, ou parar o adversário com um Kiai apenas.

Com o treinamento é possível concentrar a energia onde ela é mais necessária, ao invés de espalhá-la pelo o corpo. Isto envolve concentração física e mental que canaliza a energia para regiões definidas do corpo. Você a princípio não é capaz de conseguir isso, mas com o passar do tempo, treino árduo e disciplina sua capacidade de concentração aumentará cada vez mais.


Ki – A energia vital.
O Ki, também denominado “Chi” na cultura Chinesa, é a força vital. Existem dois tipos de força: a exterior que desaparece com o tempo e a interior que deve ser aprimorada e treinada (esta é sem dúvida a que devemos sempre procurar).

Com um árduo treino conseguimos dominar nosso Ki e o do adversário. Se conseguirmos impedir a fluência do Ki no corpo do inimigo isto resultará em doença ou morte. (Dim Mak – Toque da Morte).

Para tal execução, deve-se controlar primeiramente o próprio Ki forçando a força interior, o que leva anos de treino e estudo.

Para realizar isso, deve-se praticar o Kiai ou grito espiritual.

O Kiai é um grito abdominal lançado a partir do Hara. O Kiai deve ser lançado do hara para estabelecer a fluência do Ki para a palma da mão ou para os pés.

O Kiai antes de tudo é o segredo de dominar sua própria fluência do Ki, é a verdadeira chave para a força interior.

karateakpa.blogspot

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Oq significa Dojo




A palavra DOJO é a união de dois ideogramas:

Para alguns DOJO é somente um local para treinamento de arte marcial, mas o significado pode ir muito além disso.
O termo foi emprestado do Zen Budismo, significando lugar de iluminação, onde os monges praticavam a meditação, a concentração, a respiração, os exercícios físicos e outros mais.
O ideograma "DO" possui dois significados. O primeiro está relacionado com o caminho ético que tem sua base nos valores universais, cujas diferenças culturais se entrelaçam e se unem para formar um único caminho. O segundo caminho está relacionado a um grande respeito pelo ser humano, à natureza da existência humana, que dá uma importância fundamental à energia que opera na natureza.
Associado ao ideograma “JO” - que significa lugar, local, a palavra DOJO adquire uma interpretação mais profunda: o caminho da prática, a via para o desenvolvimento integral, onde entramos em contato com o nosso melhor estado de SER.
Este conceito é de extrema importância, e não basta que seja compreendido intelectualmente, ele também requer PRÁTICA.

Curiosidades

Antigamente no Japão, havia uma tradição que consistia em desafiar uma academia (no caso o dojo). Caso a academia perdesse, o visitante poderia levar a placa na qual estava escrito o nome do dojo como recompensa.
Uma das maiores curiosidades de todas é por que antes de entrar no dojo é preciso fazer uma reverencia. Assim como a casa do praticante deve ser respeitada, o dojo também tem que ser, pois é um lugar onde o praticante vai para se concentrar e limpar sua mente.
Em um dojo é normal o praticante sempre meditar antes de começar a praticar, pois acredita-se que se limpa a mente e esquecem-se todas as preocupações e frustrações e entra-se em harmonia com o seu corpo e também aprender a se controlar, não só o corpo como sua respiração e sua mente. Também é muito normal no dojo acender um incenso, pois na cultura japonesa se diz que afasta as energias negativas e ajuda na harmonia entre o corpo e a mente.
openlab.org.br
Wikipédia

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Oq significa Kaizen


Kaizen é uma palavra japonesa que significa “aperfeiçoamento” ou “mudança para melhor”. 
É uma filosofia de vida que incorpora a ideia de lutar para aperfeiçoamento constante e contínuo em todas as áreas de vida.
Através do avanço diário da sua vida, tornar-se mais habilidoso do que ontem e mais habilidoso do que hoje, é algo sem fim” – Hagakure
Dizem que o princípio Kaizen foi o núcleo da filosofia samurai. Os guerreiros visam perfeição em todas as áreas de combate, desde a simples aparência de sua armadora, até a preparação mental, preparação física, estratégia, táticas defensivas e a eficiência para matar em batalha. Guerreiros treinavam dia após dia para obter perfeição em sua técnica e total domínio das suas habilidades.
“Movimentos podem ser aprendidos em um único dia, mas levam uma vida para serem completamente dominados”. Com isto em mente, os samurais praticavam um único movimento de espada milhares de vezes por dia. Esta abordagem do treino os garantiu habilidades superiores, transformando-os em oponentes formidáveis no campo de batalha.
hipertrofia.org